Avaliação

Nas últimas décadas a avaliação ganhou uma dimensão abrangente, sendo utilizada inclusive por empresas a fim de garantir qualidade de produtos e evitar desperdícios.
Mas apesar desta visibilidade, a avaliação escolar ainda é um instrumento que afasta o aluno do professor, gerando desinteresse e conflitos em sala de aula.
Quando se trata de avaliação, não há uma fórmula pronta do que é certo ou errado, mas há sim formas diferenciadas de avaliar, que fogem da prova escrita e do simples trabalho em grupo.
Este blog poderá contribuir com o trabalho diário do professor, colaborando para que ele encontre outras maneiras de avaliar, para que ele modifique, reinvente, perceba e atualize a avaliação sem limites, simplesmente se permitindo experimentar e podendo assim transformá-la em uma grande aliada no processo de ensino-aprendizagem de seus alunos.




quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Ensino por competências

Segundo Philippe Perrenoud (2000) em entrevista a revista Nova Escola em 2000, esclarece que ensino por competência é faculdade de mobilizar um conjunto de recursos cognitivos para solucionar com pertinência e eficácia uma série de situações.
Por exemplo, saber fazer orçamento financeiro simples, evitar gastar dinheiro com supérfluos, pagar as contas em dia para evitar multas, pesquisar e comparar preços mais vantajosos. Outros exemplos seriam: saber fazer um discurso em sala de aula, saber selecionar uma boa introdução, trabalhar o tom de voz e demonstrar simpatia e desembaraço.
O ensino por competências veio para fazer com que o aluno aprenda e utilize os conhecimentos adquiridos na escola, por toda sua vida. É como se fosse um treinamento para o dia-a-dia. Mas esse tipo de aprendizagem só acontecerá se a transferência de capacidades e conhecimento for realizada através da contextualização. O aluno deve visualizar, sentir e reconhecer significado naquilo que aprende. A partir daí criam-se os saberes.
Uma opção que os professores têm para modificar suas ações e conseguir ensinar por competência é trabalhar com projetos, como veremos mais adiante, fazendo com que os alunos formulem ideias, concepções, provocando o aluno a investigar, a identificar uma solução de um problema, sentir-se desafiado e motivado a aprender.
Mas o maior desafio é transformar os hábitos de ensinamentos dos professores, a repensar a rotina de sua profissão.

Para Perrenoud (2000) o professor deve saber:
gerenciar a classe como uma comunidade educativa ;
organizar o trabalho no meio dos mais vastos espaços-tempos de formação (ciclos, projetos da escola) ;
cooperar com os colegas, os pais e outros adultos ;
conceber e dar vida aos dispositivos pedagógicos complexos ;
suscitar e animar as etapas de um projeto como modo de trabalho regular ;
identificar e modificar aquilo que dá ou tira o sentido aos saberes e às atividades escolares ;
criar e gerenciar situações-problema, identificar os obstáculos, analisar e reordenar as tarefas ;
observar os alunos nos trabalhos ;
avaliar as competências em construção.